As técnicas utilizadas pela Osteaopatia contribuem para
diminuir as limitações do corpo na realização dos exercícios, fazendo com que
cada movimento seja aproveitado de forma ainda mais completa.
Para combinar a Osteopatia com o Pilates,
convidamos uma profissional excelente, que também é professora do Instituto
Brasileiro de Osteopatia em Porto Alegre, a Patricia Dias Eggers Renck. Ela nos
conta um pouco mais sobre a Osteopatia no post de hoje. Confira!
De
que consiste a Osteopatia?
A osteopatia é uma profissão que procura
encontrar as causas das queixas dos pacientes. Buscamos encontrar disfunções,
ou seja desorganizações articulares, fasciais, viscerais e cranianas que
estejam causando as queixas. Não tratamos doenças. Quando verificamos que as
queixas não condizem com as disfunções encontradas, encaminhamos para outros
profissionais. Por isso é necessário
termos um conhecimento da mecânica e da fisiologia do corpo.
Tratamos as disfunções através das
manipulações. Digo que, nós os osteopatas temos uma mala cheia de manipulações
e que de acordo com a necessidade do paciente, escolhemos a melhor forma de
trata-lo e dando um impulso ao corpo do paciente de se reorganizar e se
regular.
Quais
os benefícios de aliar a Osteopatia ao Pilates?
Aliar a osteopatia ao pilates proporciona ao aluno uma melhora na qualidade
de vida, permitindo que ele possa tirar o máximo de proveito das aulas de Pilates,
diminuindo suas limitações.
Trabalhei sempre na área de ortopedia e
traumatologia onde tratava pacientes com diversas queixas. Porém o que mais me
chamava atenção e que me inquietava, era o fato dos pacientes com dores
crônicas de coluna que passavam de médico em médico e faziam fisioterapia
durante anos sem ter grandes resultados. Encontrando as desorganizações do corpo
e tratando-as , o individuo tem a possibilidade de aumentar as suas potencialidades de movimento. E isso tem tudo
a ver com Pilates!
Desde
quando você trabalha com osteopatia?
Sou formada desde 1991 em Fisioterapia pelo
IPA. Em 1996 abandonei a fisioterapia clássica e comecei a tratar os pacientes
com RPG e Osteopatia. Porém com a necessidade de expandir meus conhecimentos, continuei
a formação. Em 2011 recebi o Diploma de Osteopata – DO. Atualmente faço parte
do Registro Brasileiro dos Osteopatas. Não trato mais os pacientes com RPG
desde 2010.
Qual
a sua recomendação para profissionais que gostariam de seguir nesta área?
A Osteopatia foi reconhecida pelo
Ministério do Trabalho como uma ocupação no Brasil em janeiro de 2013.
Atualmente está tramitando no Congresso Nacional a sua regulamentação. Como não
temos graduação ainda no Brasil, para fazer a formação em Osteopatia o
individuo deve ter cursado medicina ou fisioterapia.
Existem vários cursos de formação, mas nem
todos são reconhecidos pelo Registro Brasileiro dos Osteopatas por não
apresentarem carga horária ou disciplinas suficientes para a capacitação
profissional , segundo os critérios da Organização Mundial de Saúde. A
valorização da formação profissional é muito importante e seguir cursos
reconhecidos tornam o profissional apto para desenvolver tratamentos com
qualquer nível de complexidade.